No Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, conheça escritoras grandiosas do presente e do passado
Comemorado em 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é uma data para celebra a nossa existência e reforçar a luta contra opressões de raça e gênero. No Brasil, a data é oficialmente chamada de Dia da Mulher Negra e Dia de Tereza de Benguela. Nascida no território que hoje é o estado de Mato Grosso, Tereza foi a rainha do Quilombo do Quariterê, que reunia negros e indígenas e lutava contra as forças da monarquia escravagista colonial no século 18. Desde então, Tereza é símbolo de heroísmo – preto e feminino – e tem sua memória louvada por movimentos sociais de mulheres negras.
Para honrar a nossa ancestralidade e criarmos nossas mesmas nossos caminhos, selecionamos oito autoras negras para você ler, se inspirar e aprender mais sobre as vivências de mulheres negras, seus olhares sobre questões históricas e atuais e encher o coração de afeto.
Mestra e doutoranda em Estudos Interdisciplinares de Gênero, Mulheres e Feminismos pela UFBA (Universidade Federal da Bahia). Autora de “Interseccionalidade” e “Ó pa í, prezada”, a pesquisadora possui estudos sobre racismo e sexismo institucionais nas penitenciárias femininas (veja a reportagem da Emerge com a escritora).
Autora das obras “Não Vou Mais Lavar os Pratos”, “Espelhos”, “Miradouros”, “Dialéticas da Percepção” e “Só por Hoje Vou Deixar Meu Cabelo em Paz”. É Diretora de Gestão e Produção Cultural no Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Nasceu no Rio de Janeiro e é mãe.
A poetisa é autora do livro “Filha do fogo” e “Águas da Cabaça”, que foi totalmente produzido, editado e publicado por jovens mulheres negras. É coautora do livro de poesias “Punga” (2007), com Akins Kintê, e participou de publicações em revistas e antologias literárias, como Literatura Marginal – Ato 3, Cadernos Negros e Negrafias.
A escritora pernambucana navega entre amor, identidade, negritude, machismo e racismo. É mais uma das vozes feministas negras que gritam na periferia por meio da poesia. Lançou seu primeiro livro “Terra Fértil” pelo coletivo Mjiba.
Arquiteta e urbanista, estuda direito à cidade, com recorte de gênero e raça. É autora do livro “O que é Empoderamento?”. Atualmente, é colunista na revista Elle Brasil.
A escritora é consultora do Núcleo de Enfrentamento, Monitoramento e Memória de Combate à Violência da OAB-SP. Autora das obras “Encarceramento em Massa” (2019) e “Espelhos de Nós” (2020).
Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917)
Nascida no Maranhão em 1825, foi a primeira romancista brasileira ao publicar a obra Úrsula (1859). Ao longo dos seus 92 anos de vida, denunciou a condição crítica e o cenário de desigualdade vivido pelos escravizados e pelas mulheres no século 19. Sempre lutou pela educação, igualdade racial e de gênero, e como educadora, fundou a primeira escola mista do seu estado.
Sueli Carneiro
Filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro, Sueli nasceu em São Paulo em 1950. É Doutora em Filosofia pela USP e fundadora do GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra. É considerada uma das mais relevantes pensadoras do feminismo negro no Brasil.
IMAGEM: Reprodução/Google.