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Emerge Artistas Visuais: Lucas Bandeira

22/06/2022

Lucas Bandeira estabelece relações entre arte, performance e gênero na busca e criação do corpo possível, imaginativo e desidentitário.

Lucas Bandeira se vale de artes impressas, tatuagens e performance na busca e criação de corpos possíveis, imaginativos e desidentitários.

Lucas Bandeira, 29 anos, é uma artista multifacetada. Natural de Mogi das Cruzes, São Paulo, Lucas é licenciada em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes, e em Arte Teatro pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista.

Transitando por diferentes linguagens artísticas, as linhas de investigação das pesquisas de Lucas contemplam artes impressas (xilogravura, linóleo gravura, prints em arte digital e fine art), tatuagem, performance, literatura, gênero, sexualidade e educação. Lucas, pessoa trans não binária, comenta:

“Gosto de estabelecer relações entre arte, performance e gênero na busca e criação do corpo possível, imaginativo e desidentitário”

ISOLAMENTO SOCIAL ROSA, POR LUCAS BANDEIRA

A carreira de Lucas em artes visuais começou em 2013, quando foi diretore de arte e cenógrafe do show “Estreitos Nós”, de Aline Chiaradia. No ano seguinte, assinou a ilustração do encarte do álbum “Reinado de Congos Mogi das Cruzes Cantos e Marchas”, realizado pela Casa do Congado.

Sua primeira série de xilogravuras foi [TRANS]CÊDENCIA, criada em 2015. No mesmo ano, realizou a performance-apelo a Rafael Braga Memória Indolente. Em 2020, as xilogravuras autorais “O Galo e a Helicônia” e “Santíssima Trindade” foram integradas ao acervo da Pinacoteca de Mogi das Cruzes.

VEJA TAMBÉM: Emerge Artistas Visuais: Jonathan de Sousa

ARTISTAS E OUTRAS CLASSES TRABALHADORAS

Ano passado, Lucas ilustrou o livro “O que habita inabitáveis lugares”, do poeta Math’eus Borges. A obra aborda as relações humanas durante a pandemia de Covid-19, e convida o leitor a completar trechos e decidir desfechos dos textos.

“Estabelece uma paridade entre a minha produção artística e outras formas de trabalho. É uma maneira de diminuir o distanciamento entre artistas e as demais classes trabalhadoras”

Em novembro, ela realizou oficinas de pintura e observação no Sesc Mogi das Cruzes. A ação foi uma intervenção artística que propôs reconhecer o espaço e os corpos presentes na sala de oficinas. Por meio do exercício de observação e elaboração artística, os participantes passearam distintas materialidades e possibilidades de produção de imagens nas artes visuais.

“Como artista, sempre desenhei. Participar de oficinas é um reconhecimento institucional para a minha trajetória profissional. Ser apresentada como artista é como sair do lugar de espectador e ir para frente da cortina. É sobre se perceber”

As obras de Lucas podem ser adquiridas no perfil da artista no Instagram (@lucas_bandeirando) e no estúdio de tatuagem e artes gráficas Nuvem Ateliê, via loja virtual ou no espaço físico (R. Dr. Albuquerque Lins, 310, Santa Cecília, São Paulo-SP). Não se esqueça de seguir a artista nas redes sociais.

Quem escreveu

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Italo Rufino

Jornalista pós-graduado em marketing com dez anos de experiência. Trabalhou na revista Exame PME (Editora Abril), nos sites Diário do Comércio e Projeto Draft e na ONG de urbanismo social A Cidade Precisa de Você. Natural de Diadema (RMSP). Pai de uma criança de 10 anos. Fundador da Emerge.

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