Lembrar Dandara, Tereza de Benguela, Aqualtune — e Mãe Bernadete

Bernadete Pacífico viveu defendendo afetos, o que tornava sua existência inestimável.
Elas fazem a cerveja delas: antirracista, feminista e ancestral

Por meio da economia solidária e aquilombamento, mulheres têm transformado o mercado da cerveja artesanal
Representatividade LGBTQIA+ no Movimento Escoteiro

A representatividade LGBTQIA+ no escotismo tem aumentado com os anos, em um ambiente em que todos podem ser expressar e serem acolhidos
Katahirine, a rede audiovisual de mulheres indígenas

Rede almeja ser um espaço plural de conexão e visibilidade para o cinema brasileiro feito por mulheres indígenas.
A nova onda de alisamento entre mulheres negras

Movimento do cabelo natural cresceu na última década, mas algumas mulheres estão desistindo de investir tempo e dinheiro para manter os cachos ou o crespo perfeitos
Coletivo fomenta presença de mulheres no grafite

Coletivo Grapixurras das Minas promove encontros entre mulheres do grafite e busca garantir ambiente seguro para colocarem sua arte no mundo
Egressas do sistema prisional batalham por espaço na sociedade

Egressas do cárcere relatam dificuldades de ingressarem no mercado de trabalho e como encontram no teatro espaço para mostrar seu valor.
Mina Cultural orienta mulheres a tecerem futuro nas artes têxteis

Iniciativa promove aulas de empreendedorismo e formação em produção têxtil para mulheres artesãs nos CEUs de São Paulo Por meio da linha e da agulha, a Mina Cultural orienta mulheres da periferia de São Paulo a tecerem futuro. O coletivo está com inscrições abertas e gratuitas para o curso Linha Mestra, cujo objetivo é capacitar 150 mulheres em produção têxtil, com foco na geração de renda, comércio ético e criação de mercados nas comunidades locais. Além das capacitações, o projeto tem planos para exposições públicas dos produtos criados pelas participantes e uma plataforma de vendas online para apoiar o empreendedorismo. O programa será realizado em cinco CEUs de São Paulo: CEU Parque Novo Mundo, CEU Alvarenga, CEU Perus, CEU Sapopemba e CEU Parelheiros (confira agenda do curso abaixo). As aulas incluirão cinco oficinas semanais de artesanato têxtil, com duração de três horas cada uma, e mais quatro oficinas semanais de preparação para o empreendedorismo, comércio ético e solidário, com três horas de duração cada. Os horários serão divulgados no site e redes sociais do projeto. As oficinas são gratuitas e todo material será fornecido pelo projeto. Na programação do curso, destaca-se o módulo “Costurando a Liberdade”, comandado por Vera Santana, especialista de gestão de projetos da USP, que desenvolve há mais de 20 anos projetos culturais de impacto social. “As mulheres serão estimuladas a refletir sobre assuntos de seu interesse e de seu grupo e a criar traduções artísticas de suas histórias em trabalhos autorais, ao mesmo tempo em que desenvolverão diretrizes empreendedoras e de comércio ético, para resultar em mais autonomia de vida e empoderamento”, diz Maysa Lepique, produtora da Mina Cultural. Criado pela Mina Cultural, o projeto Linha Mestra conta com a ajuda do Coletivo Teia de Aranha, responsável pelas oficinas de costura da iniciativa. A empresa está há 20 anos no mercado, criando projetos de bordados livres e inspirados na literatura brasileira. SERVIÇO: CEU Parque Novo Mundo (zona Norte) Av. Ernesto Augusto Lopes, 100 – Parque Vila Maria Tel. (11) 96893-1442. Inscrições na secretaria até 17 de abril Aulas às 2as feiras, das 9h às 12h, de 17 de abril a 03 de julho CEU Alvarenga (zona Sul) Estrada do Alvarenga, 3752 – Balneário São Francisco Tel. 11 – 5672-2500. Inscrições na secretaria até 17 de abril Aulas às 2as feiras, das 15h às 18h, de 17 de abril a 03 de julho CEU Perus (zona Norte) Rua Bernado José de Lorena, S/N – Vila Fanton Tel. (11) 3915-8730. Inscrições na secretaria até 12 de junho CEU Sapopemba (zona Leste) Rua Manuel Quirino De Mattos , S/N – Jardim Sapopemba Tel. (11) 20759100 – Inscrições na secretaria até 07 de agosto CEU Parelheiros (zona Sul) Rua José Pedro de Borba, 20 – Jardim Novo Parelheiros tel. (11) 5926-6900 – Inscrições na secretaria até 07 de agosto Horário das aulas das oficinas que acontecerão nos CEUs Perus, Sapopemba e Parelheiros serão divulgadas no site e nas redes sociais do projeto: www.linhamestra.minacultural.com.br Impacto socioambiental: a moda sustentável de mulheres negras – Emerge Mag Terceira reportagem de Emerge Potências da Moda apresenta marcas de moda sustentável. A Az Marias cria roupas com resíduos têxteis e a Da Lama desenvolve peças artesanais para mulheres de periferias.
A história secreta dos vibradores

Como mulheres se apropriaram de um instrumento médico para conquistar autonomia sobre sua própria sexualidade #EmergeReposta: Nathalia Cariatti originalmente publicado na RevistaAzMina Até 2030 estima-se que o mercado mundial de sex toy alcançará o valor de 62 bilhões de dólares. Mas antes de integrar um mercado bilionário e existir em formas que vão do coelhinho ao polvo, os vibradores sequer eram desenvolvidos para o prazer sexual. A história do vibrador começa na medicina e no uso exclusivo desses equipamentos por médicos dentro de seus consultórios. VIBRADOR PRESCRITO EM CONSULTÓRIO No século XIX a medicina recomendava as “vibrações” como tratamento para os mais diversos tipos de doenças, de reumatismo à perda auditiva. Os vibradores foram inventados então para facilitar esse tratamento, existindo em versões mecânicas e a vapor. Foi só em 1880 que o vibrador elétrico surgiu, criado no Reino Unido pelo médico Joseph Granville, para poupar os esforços dos médicos ao aplicarem os tratamentos como vibrações. Entre as muitas doenças tratadas com os vibradores estava a histeria, um diagnóstico dado majoritariamente às mulheres desde a Grécia Antiga. Não só sintomas diversos como enxaqueca e insônia, mas também comportamentos como desobediência ou muita libido eram diagnosticados como histeria. E um dos tratamentos recomendados para essa doença era a massagem pélvica feita pelo médico na paciente. Em 1999, a pesquisadora Rachel Maines publicou que o uso dos vibradores para o prazer sexual teria começado aí, com médicos masturbando pacientes até que elas alcançassem o “paroxismo histérico”, isto é, o orgasmo. A história se popularizou, mas também gerou reações de outros estudiosos do tema, em especial de Hallie Lieberman. A historiadora afirma que, sim, vibradores eram usados para tratamentos médicos diversos, incluindo o da histeria. Mas sobre o uso do vibrador na genitália das pacientes, não há comprovação para que essa afirmação passe de uma hipótese. LEIA TAMBÉM: Luedji Luna e a sensualidade e o desejo das mulheres negras – Emerge Mag O USO SECRETO DO VIBRADOR Nos últimos anos do século XIX os vibradores já não tinham mais respaldo médico, uma vez que os tratamentos com eles pareciam não ter nenhuma eficácia para a saúde. Sem o interesse da medicina, os fabricantes de vibradores se voltaram então para o público em geral. Eles passaram a ser vendidos para massagem relaxante, perda de peso e contra dores musculares. Já o uso do vibrador para a masturbação teria partido das próprias mulheres. Ser considerado um mero eletrônico para toda a família permitiu que o vibrador fosse facilmente comprado em lojas de utensílios domésticos. Isso durante as décadas nas quais vigoravam leis rigorosas sobre a moralidade sexual nos Estados Unidos. Mas aí nos anos 60 o uso do vibrador como artigo erótico passou a ser mais difundido publicamente. Uma das responsáveis foi a feminista americana Betty Dodson. Ela recomendava vibradores como a “varinha mágica” em workshops nos quais ensinava mulheres a conquistarem autonomia sobre o próprio prazer. Embora tenha se popularizado pelo seu potencial para o prazer, a “varinha mágica” foi vendida pela fabricante Hitachi por mais de quatro décadas apenas como massageador muscular. Só nos anos 2000, quando o modelo foi adquirido por outra empresa, é que a varinha passou a ser anunciada como sex toy (brinquedo sexual). O vibrador evoluiu em forma, funcionalidade e popularidade no século XXI. Ele chegou na segunda década dos anos 2000 sendo silencioso só nos ruídos. Se a própria sexualidade e a masturbação feminina passaram a ser discutidas com mais liberdade, nada mais natural que o vibrador, que faz parte dessa história, também virasse assunto. Para saber mais sobre a história do vibrador desde a sua invenção, assista ao vídeo com a narração da comediante Renata Said sobre essa história no canal d’Az Mina no YouTube. Este texto foi originalmente publicado na RevistaAzMina. | Foto de Abertura: Freepik
Futebol feminino no Brasil: Agora é a vez delas

Com investimento, visibilidade e apoio das torcidas, futebol feminino tem ascensão após décadas de repressão e preconceito.