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Travesti Biológica: Mavi Veloso exalta corpes trans em EP de estreia

31/01/2022

Brasileira morando na Holanda, Mavi Veloso lança álbum visual Travesti Biológica e aborda as singularidades de viver entre duas culturas diferentes.

Brasileira que vive na Holanda, Mavi Veloso lança álbum visual Travesti Biológica e aborda as singularidades de viver entre duas culturas diferentes.

Edição: Carolina Fortes

Há poucos dias, Mavi Veloso lançou seu disco de estreia Travesti biológica. Nascida e criada em Minas Gerais, a artista vive fora do Brasil desde 2014 e atualmente mora na Holanda. Porém, o novo álbum de Mavi Veloso não tem CEP fixo e expande-se em línguas e sonoridades múltiplas. A intenção é romper barreiras e, cada vez mais, intensificar o diálogo artístico e reflexivo da cantora com o Brasil. Ela explica:

“A álbum é uma celebração a beleza do corpo trans e não-binário e a resistência travesti. É um projeto de performance, música e vídeo, um álbum visual pop que carrega referências musicais e visuais eletrônico-pop-trap-futurista-tropicais.”

Ouça aqui Travesti Biológica

Em breve, Mavi pretende fazer uma turnê de lançamento em território brasileiro. Afinal de contas, Travesti Biológica também nasce daqui e, ao mesmo tempo, para cá se destina. 

Em 7 de janeiro, ela já havia divulgado o single Names, também inédito, que caminha por um trap potente, com vocais em inglês. Ouça aqui.

Vida em duas culturas diferentes

Travesti Biológica atua bastante sobre a contradição e complexidade que é viver entre culturas e línguas diferentes. “É cada cada vez mais importante abrir fissuras e fortalecer esse trânsito de pessoas como eu, para que elas possam ir e vir daqui para lá e de lá para cá”, destaca a cantora.

As primeiras composições de Mavi Veloso, que agora chega para o mundo por meio do álbum, surgiram por volta de 2017, quando a artista desenvolvia sua tese de mestrado sobre questões de identidade e gênero na voz.

Um ano e meio depois, a vontade de formatar as músicas num EP passou a fazer cada vez mais sentido. De lá para cá, Mavi fortaleceu parcerias profissionais e afetivas no Brasil e na Europa.

“Tem muitas misturas de gêneros musicais, justamente por toda essa confluência de territórios. Mas acima de tudo, as questões corporais, o fato de ser um corpo trans, um corpo estrangeiro, todos os traumas, as contradições e os processos de empoderamento são as maiores orientações para construção deste álbum”, ressalta Mavi.

FOTOGRAFIA: Bruno Freire

Reportagem produzida pela assessora e jornalista cultural Izabela Costa.

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Redação Emerge Mag

Revista digital de cultura, direitos humanos e economia criativa interseccional e consultoria de diversidade e impacto social (ESG).

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