Mulheres jovens percebem mais situações de preconceito no dia a dia do que seus colegas homens. Em paralelo, elas também demonstram maior aceitação e apoio a práticas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho.
As constatações fazem parte da nova edição da Pesquisa Diversidade Jovem, conduzida pela Espro, organização sem fins lucrativos de ensino profissionalizando, em parceria com a Diverse Soluções.
O estudo, realizado entre 16 de setembro e 31 de outubro de 2024, entrevistou 3.257 jovens de todo o Brasil, com idades entre 14 e 23 anos, que participam ou já participaram de programas do Espro. Entre os entrevistados, 66% eram mulheres.
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Os dados também mostram que 82% das mulheres jovens já presenciaram ou sofreram preconceito na escola ou faculdade, enquanto entre os homens o índice é de 75%.
Em serviços como transporte público, saúde e restaurantes, a diferença continua expressiva: 80% das mulheres relataram já ter percebido situações de preconceito, contra 70% dos homens. O índice daqueles que afirmam que essas situações ocorrem “muitas vezes” ou “sempre” também é maior entre as mulheres (35%) do que entre os homens (33%).
No ambiente de trabalho, os números são mais equilibrado, o que o faz as empresas mais acolhedoras para as diversidades dos jovens e com menor lembrança de percepção de situações de preconceito. Dados indicam que 42% das mulheres dizem já ter percebido alguma forma de preconceito, contra 40% dos homens.
MULHERES SÃO MAIS ABERTAS À DIVERSIDADE
Ainda segundo a Pesquisa Diversidade Jovem, as mulheres são mais receptíveis a iniciativas de inclusão e diversidade do que os homens. Quando questionadas sobre se “se sentem bem trabalhando com pessoas diferentes de si”, 87% das mulheres responderam positivamente, enquanto entre os homens esse índice foi de 77%.
Sobre a afirmação “acredito que as empresas que melhorarem a inclusão de pessoas sub-representadas serão mais produtivas e terão mais impactos positivos”, 81% das mulheres concordaram, acima da média geral de 76%. Sobre “procuro estudar e entender cada vez mais sobre as questões de diversidade”, 57% dos homens afirmaram que sim, enquanto a porcentagem das mulheres foi de 75%.
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O estudo ainda revelou que mulheres jovens têm mais interesse em discutir diversidade no cotidiano. Enquanto 78% delas disseram abordar o tema em momentos de lazer, como passeios e festas, apenas 62% dos homens relataram o mesmo. Quando perguntados sobre frequentar ambientes diversos e plurais, 63% das mulheres afirmaram fazê-lo, contra 58% dos homens.
Foto de abertura: Nappy/Reprodução.