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Blocos e rodas de samba que são manifestações do corpo e da fé

17/02/2023

Blocos Ilu Inã e Ilú Oba de Min e as rodas de samba Pagode da 27, Samba da Vela e Samba da Laje são destaques da exposição "Intersecções"

Blocos Ilu Inã e Ilú Oba de Min e as rodas de samba Pagode da 27, Samba da Vela e Samba da Laje são destaques da exposição Intersecções, em São Paulo.

Desfiles de Carnaval que são manifestações de corpo, fé, resistência e afirmação política. Movimentos artísticos e culturais que fomentam as narrativas negras, indígenas e periféricas. Os festejos carnavalescos fazem parte da construção cultural paulistana.

Para mostrar que a folia e a potência criativa e história vai além do mês de fevereiro, o Museu da Cidade apresenta a exposição Intersecções: Negros (as) indígenas e periféricos(as) na Cidade de São Paulo. São mais de 300 objetos, entre fotografias, pinturas, vídeos, instrumentos musicais e figurinos de diversas linguagens artísticas.

A exposição homenageia o Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã e o Bloco Ilú Oba de Min e as rodas de samba Pagode da 27, Samba da Vela e Samba da Laje. Gratuita, a mostra está disponível para visitação até o dia 28 de julho, de terça a domingo, das 09h às 16h (veja serviço completo abaixo).

Saiba mais sobre as homenageadas da exposição Intersecções:

Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã

Fundado em 2016 por Fernando Alabê e Fefê Camilo, é um cortejo carnavalesco que promove o reencontro cultural da população afrodescendente de São Paulo com as suas matrizes africanas. Se vale da dança dos arquétipos dos orixás e da música reimpressa na forma urbana, oriunda dos terreiros de candomblé. O bloco é formado musicistas, arte-educadores, artistas e produtores e possui conexão com escolas de samba da cidade, como Vai Vai e Barroca Zona Sul. Alabê comenta:

“Nos colocamos nas ruas, passarelas e quadras como reis e rainhas, com um preparo de um ano que envolve um enorme número de tecnologias ancestrais modernas e pretas”

Bloco afro afirmativo Ilu Inã. foto  Mathilde Missioneiro exposição Intersecções
BLOCO AFRO AFIRMATIVA ILU INÃ: MÚSICA NASCIDA NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ (Foto: Mathilde Missioneiro )

Bloco Ilú Obá De Min

Fundado pelas percussionistas Beth Beli e Adriana Aragão, tem foco no empoderamento individual e coletivo das mulheres negras na sociedade. É composto por cerca de 400 mulheres ritmistas, que tocam djembês, alfaias, ilús, agogôs e xequerês. É uma referência étnico-cultural e educativa em São Paulo e, em 2016, realizou um cortejo com a presença de Elza Soares, que atraiu mais de 40 mil pessoas. Além de preservar e divulgar a cultura negra no Brasil, mantém diálogo cultural com o continente africano e acumula reconhecimentos, como o “Prêmio Culturas Populares Mestre Humberto Maracanã 2008” e o “Prêmio Governador do Estado para Cultura 2013”.

Pagode da 27

É uma das rodas de samba mais tradicionais do extremo sul de São Paulo. Tem como lema “o samba como instrumento de transformação social”. Criado em 2005, reúne amigos e pessoas de diferentes bairros que, além de festejar, realizam ações de doações de alimentos para famílias da região. Os integrantes da roda inauguraram a Casa 27, espaço cultural que incentiva ações sociais no distrito do Grajaú.

SAMBA DA VELA exposição Intersecções
SAMBA DA VELA: VALORIZAÇÃO DA CIDADANIA E AUTOESTIMA

Samba da Vela

Fundado nos anos 2000 em Santo Amaro, zona sul da capital paulista, foi batizado devido a a organização do evento, que ocorre em torno de uma vela que funciona como cronômetro das apresentações. Reúne simpatizantes, cantores, músicos e compositores que apresentam canções inéditas. O Samba da Vela se apresenta como um grande ato de valorização e resgate da cidadania, cultura e lazer, incluindo a população local no ambiente das artes e contribuindo para a recuperação e geração de autoestima por meio da música.

Samba da Laje

É uma tradicional roda de samba de raiz com feijoada, que acontece há 22 anos numa comunidade na Vila Santa Catarina, Zona Sul de São Paulo, sempre no segundo domingo do mês. É referência por ser a primeira roda de samba de comunidade onde se reúnem grandes nomes da música brasileira. Entre as personalidades estão Mário Sérgio e Bira Presidente do Fundo de Quintal, Simoninha, Rappin Hood, Arlindo Cruz e Toninho Geraes.

Serviço

Intersecções: Negros (as) indígenas e periféricos(as) na Cidade de São Paulo
Museu da Cidade. Rua Roberto Simonsen, 136 – Sé, São Paulo.
Terça-feira a domingo, das 09h às 16h.
Até 28 de julho.
Entrada gratuita.

FOTO DE ABERTURA: Yara Schreiber Dines

*Com informações de Griot Assessoria.

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Redação Emerge Mag

Revista digital de cultura, direitos humanos e economia criativa interseccional e consultoria de diversidade e impacto social (ESG).

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