Artista apresenta sonoridades com cruzamentos entre polos díspares, como sagrado e profano, digital e analógico e masculino e feminino.
Com reportagem de Andreia Regeni
Felinto é músico, educador, terapeuta ayurvedico e ativista. Em sua sonoridade, procura convergir interesses como masculinidades, negritude, comunicação não violenta e mediação de conflitos. Desde 2017, ele desenvolve esses e outros temas dentro do Coletivo Sistema Negro, que reúne pensadores, produtores e artistas que busca através de ações práticas combater o racismo estrutural.
Ele também é fundador do Massagem Para Todxs, projeto que visa estimular e facilitar o acesso a massagem ayurvédica, ferramenta de cura física, mental e espiritual.
No campo da música, as múltiplas sonoridades de Felinto reside na oferta de imagens sugeridas pelos sons e nos cruzamentos improváveis entre polos aparentemente díspares: digital/analógico, orgânico/sintético, térreo/aéreo, denso/sutil, masculino/feminino, sagrado/profano, relacionando-se dentro de um padrão espontâneo e não lógico de encontro.
Como recursos, experimenta organizar células rítmicas arranjadas como arpejo, sobre as quais aplica filtros, camadas de delays, harsh, drones e linhas melódicas que favorecem a ativação de temporalidades oníricas, paralelas ao nosso tempo cronológico ordinário.
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Na quarta edição da Emerge Rádio, convidamos o artista para compartilhar dez faixas para escutar neste período de distanciamento social devido a pandemia de Covid-19. São músicas para diversas ocasiões, seja para meditar, ser, estar ou dançar. Felinto resume:
“A playlist revela sons do meu coração. Ensinamentos sobre como ser no mundo, sobre como criar o fantástico e sobre como animar e arquitetar espaços com frequências”
Aproveite e conheça mais sobre o trabalho do Felinto no BandCamp e o siga no Instagram.
IMAGENS: Fernando Yokota