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“Pessoas São Falhas”: Meg Pedrozzo estreia EP com amor lésbico

05/07/2022

Mulher negra de tranças com rosto pacífico olhando para a câmera. A cabeça está apoiada na mão e usa um conjunto de moletom de cor clara e um chapéu preto. Atrás, plantas em formato de coração, um cactus e um fundo rosa com uma espécie de sol amarelo.

Mulher lésbica e periférica, Meg Pedrozzo retrata relação LTBQIA+ em novo clipe de "Pessoas São Falhas", música que leva o nome do seu álbum de estreia.

Mulher lésbica e periférica, Meg Pedrozzo retrata relação LTBQIA+ em novo clipe de “Pessoas São Falhas”, música que leva o nome do seu álbum de estreia.

Mulher lésbica, preta, fora do padrão e da periferia do Grajaú, zona sul de São Paulo. Acostumada a existir como um corpo dissidente, a cantora, compositora e modelo Meg Pedrozzo faz questão de retratar o amor LGBTQIA+ em suas músicas. 

Seu último clipe, lançado quase junto de seu EP de estreia, “Pessoas São Falhas”, conta a história de uma relação homoafetiva. Contracenando com Maysa Teixeira, com quem forma o casal protagonista, Meg traz na canção a história de um casal de mulheres que passa por diversas situações que levam ao sentimento de falhas, seja em uma discussão por uma simples conta atrasada ou uma questão de ciúmes. Ela explica:

O vídeo tem essa ideia de mostrar essa atitude de errar, mas reconhecer e correr atrás de quem amamos, superar o orgulho

Há 10 anos no corre, a artista foi vocalista e compositora do grupo The Monkey’s THC de 2013 a 2021, além de ter feito experimentos conjuntos em projetos como Graja Minas, Psicopretas e Mulheres Negras do Rap Homenageiam. 

No ano passado, fez a estreia de sua carreira solo com o single “Estalo”. Em 2022,  se viu pronta para dividir suas próprias composições e assinatura musical, e lançou o novo single e o EP que vem na sequência, ambos chamados “Pessoas São Falhas”, com produção do beatmaker e multi-instrumentista Vibox, que tem sons com Indy Naíse, Bivolt e Tramando Ideia Rap.

Assista ao clipe “Pessoas São Falhas”, de Meg Pedrozzo

Sobre o trabalho com Vibox, Meg conta que ele “deu todo o direcionamento e caprichou na produção musical”, deixando o resultado exatamente como ela queria.

“Este trabalho representa muito para mim. Estou na música há dez anos e já fiz muitas colaborações, mas fazer meu próprio som não tem igual, ainda mais porque chegamos ao resultado que eu queria e tenho muito orgulho de ter produzido junto ao Vibox”.

MEG PEDROZZO VAI DO R&B AO AFROBEAT EM “PESSOAS SÃO FALHAS”

O EP “Pessoas São Falhas” tem 13 minutos e vai do R&B mais romântico ao afrobeat contemporâneo, mostrando que a cantora gravita com facilidade entre diferentes estilos da black music.

As composições ganharam batidas e arranjos – em especial as linhas de guitarra e baixo – que combinam as estéticas musicais de hoje com inúmeras referências do passado, como a clareza na voz de Meg, que optou por não fazer uso de muitos efeitos vocais para que o trabalho soasse mais orgânico, como os sons de décadas anteriores.

Na faixa de abertura, “O Céu no Mar”, Meg experimenta uma combinação audaciosa, que junta o R&B a um ritmo inspirado em pagode romântico, pontuado pelo trap do beat e pelo souljazz do piano. Em “Vontade”, faz lembrar a célebre parceria de longa data de Missy Elliott com Timbaland, um som naturalmente sexy e repleto de camadas e efeitos para ouvir com atenção. 

Com o house funk “A Noite Toda”, a festa – e a paquera – está garantida no melhor estilo baile. Em “Pessoas São Falhas”, a faixa-título e também primeiro videoclipe do EP, é quando Meg faz um genuíno R&B, com influências de Jill Scott e SZA. “Onde Cê Vai”, o encerramento, traz a experimentação com as batidas do afrobeat, funk carioca e referências diferentes, como Burna Boy e a cantora Tems. 

OUÇA NA ÍNTEGRA O EP “PESSOAS SÃO FALHAS”, DE MEG PEDROZZO:

FOTOGRAFIA: André Bueno

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