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Quase 70% dos brasileiros conhecem alguém abertamente homossexual

31/05/2024

O número de pessoas que conhecem alguém lésbica, homossexual ou gay aumentou no Brasil, mas ainda é um dos países mais homotransfóbicos

Brasil está no topo do ranking no número de pessoas que têm conhecidos gays ou lésbicas. Porém, o país ainda é um dos mais transfóbicos.

Aproximadamente sete em cada dez brasileiros (68%) afirmam ter um parente, amigo ou colega de trabalho que se identifica como lésbica, gay ou homossexual. A pesquisa Global Advisor – LGBT+ Pride 2024, desenvolvida pela Ipsos, contou com mais de 18 mil entrevistados, sendo mil delas brasileiras, e foi feita entre 23 de fevereiro e 8 de março de 2024.

Os números do Brasil estão acima da média global (48%). O país está no topo do ranking. Na sequência, aparecem Colômbia (67%), Irlanda (64%), Espanha (63%) e Grã-Bretanha (60%). Já os últimos colocados são Polônia (36%), Hungria (35%), Turquia (16%), Coreia do Sul (9%) e Japão (5%).

Na mesma linha, o Brasil também supera na média de pessoas que conhecem alguém bissexual (46%), batendo Colômbia (40%), Suécia (36%) e África do Sul (35%). A média global é 28%.

Além disso, dois a cada dez brasileiros conhecem alguém próximo que seja transgênero, representando 18%. Embora esteja acima da média (13%), está longe da Tailândia que lidera com 46%.

No entanto, mesmo com grande população abertamente LGBT+, o Brasil está entre os países que mais reconhecem a discriminação enfrentada pelas pessoas transgêneros, com 76% dos entrevistados afirmando essa percepção. O Peru lidera com 78%, seguido pela Colômbia com 77%. A média global é de 66%.

LEIA MAIS: Numa sociedade obcecada por sexo, como é ser assexual?

LEIS ESPECÍFICAS PARA PROTEÇÃO

A pesquisa ainda mostra que 54% das pessoas entrevistadas no Brasil apoiam que pessoas LGBT+ sejam abertamente quem são. Quando perguntados se pessoas LGBT+ deverem ser protegidas contra discriminação em casa, no trabalho, no acesso a serviços, restaurantes e comércios, 77% dos brasileiros concordam com essa proteção, e 58% apoiam que a proteção seja feita por meio de leis específicas para este fim.

De fato, leis de proteção para pessoas LGBT+ são extremamente necessárias. De acordo com dados ONG GGB (Grupo Gay Bahia), o Brasil é um dos país mais homotransfóbico do mundo, registrando 257 mortes violentas de pessoas LGBT em 2023. O número equivale a uma vítima a cada 34 horas.

Foto de Abertura: Fernando Frazão/Agência Brasil

Quem escreveu

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Guilherme Schanner

Graduado em jornalismo pela Universidade Mackenzie, gosta de escrever e falar sobre cultura e sustentabilidade. Apaixonado pela natureza, é líder escoteiro desde a infância. Com experiência em produção e edição de conteúdo digital, trabalhou no Fala! Universidades.

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