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Seis influenciadoras de sexualidade feminina e LBTQIA+

14/03/2024

Conheça seis influenciadoras, mulheres cis e trans, que, entre outros temas, abordam sexualidade feminina sem tabus

Com as redes sociais, fica mais fácil debater assuntos antes mal vistos e proibidos, uma vez que o fluxo de informações e o acesso é mais livre e facilitado nas redes. Hoje, podemos nos conectar com diferentes mulheres que estão produzindo conteúdo relevante sob perspectivas plurais.

Mas a sexualidade feminina ainda incomoda, principalmente quando se trata de mulheres lésbicas, bissexuais, transgêneras e travestis. A ausência de um homem cis na relação, o único sujeito sexual plenamente aceito, parece ser uma ofensa aos conservadores.

Se você é ou quer se juntar à luta das mulheres LBTQIA+, é importante acompanhar e saber mais sobre as vivências desses grupos. Por isso, separamos seis influenciadoras que falam sobre sexualidade feminina e LBTQIA+ para você acompanhar.

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LOUIE PONTO – @PONTOLOUIE

A mestra em literatura e influencer, Louie Ponto, tem 32 anos e é conhecida como um dos maiores nomes do YouTube brasileiro da comunidade LGBTQIA+. Ela conta com 672 mil inscritos em seu canal e tem 273 mil seguidores no Instagram. 

Em 2008, Louie estabeleceu sua presença no YouTube, compartilhando inicialmente vídeos de covers e suas próprias composições musicais. Com o tempo, ampliou sua abordagem ao incorporar conteúdo que abrange temas essenciais, como comportamento, sexualidade, identidade de gênero, vegetarianismo, e diversos outros assuntos relevantes.

MANDY CANDY – @MANDYCANDY

Atriz, influencer, empresária e mulher trans. É assim que Mandy se descreve em sua conta da rede X (antigo Twitter). A influencer soma 943 mil seguidores no Instagram e mais de dois milhões de inscritos em seu canal no YouTube. Ela é reconhecida como uma voz representativa para mulheres trans na plataforma, destacando-se como uma pioneira na produção de conteúdo que aborda questões relacionadas a pessoas trans.

No ano de 2012, Mandy realizou uma cirurgia de redesignação sexual. Ela comenta que antes do processo mal conseguia se olhar no espelho porque não se reconhecia naquele corpo.

”Cada vez que me olhava no espelho sem roupa, era uma tortura. Algo não se encaixava. Eu me sentia um monstro!”

MANDY CANDY, INFLUENCER, ATRIZ E EMPRESÁRIA

Hoje Mandy mora em Hong Kong e continua falando sobre orientação sexual e sobre sexualidade para mulheres LGBTQIA+.

JESSICA TAUANE – @JTAUANE

Feminista e lésbica, Jéssica Tauane, 31 anos, fala em suas redes sociais sobre sexualidade, corpo e saúde mental. A influencer criou o Canal das Bee, que atualmente conta com 366 mil inscritos. Ela possui 50.9 mil seguidores no Instagram, rede em que Jéssica fala sobre diversos temas.

A Youtuber contou em uma entrevista para a revista Trip que quando se assumiu para o seu pai como uma mulher lésbica, foi algo mais difícil para ele entender. O processo foi longo e precisou de muita paciência. “Meu pai é meu melhor amigo, uma inspiração. Mas com ele foi um pouco mais difícil. Quem contou foi ela (mãe), eu não consegui. Ao ouvir dela com todas as letras ‘sua filha é homossexual’ ele ficou triste, pensando nos sofrimentos pelos quais eu poderia passar. Eu respeitei, esperei ele digerir e hoje recebo apoio total.”

Atualmente, Jéssica discute muito sobre assuntos como sexualidade e auxilia mulheres que estão se descobrindo lésbicas ou bissexuais. 

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ROSA LUZ – @TRAVANASARTES

É cantora, compositora, artista visual e ativista da visibilidade LGBTQIA+. Rosa se entendeu mulher trans aos 17 anos. “A minha vida inteira foi conflituosa por eu não me sentir bem com o corpo que tinha, por eu ter nascido com um pênis. Eu deveria me portar e viver como um homem. Tudo isso se contrapondo ao que eu sentia”. 

Seu canal no youtube Trava nas artes conta com cerca de 40 mil seguidores. Além de suas músicas, a rapper publica vídeos de diversos assuntos, sobretudo sobre sexualidade e trangêneridade. A influencer também é fotógrafa, projeto que deu início quando ainda estava na faculdade, com autorretratos que representavam uma mulher trans na atualidade.

VEJA TAMBÉM: O que é cisgênero – e como não confundir com transgênero

SHER MACHADO – @TRANSCURECER

Mulher trans, negra, ativista, streamer e influencer, Sher discute nas suas redes sobre projetos pessoais e vivência. Ela é embaixadora do O Boticário e já fez uma collab com o cantor Emicida.

Ela discute em suas redes sobre sexualidade feminina, além de encorajar meninas e mulheres a expandir o consumo de conteúdo feito por pessoas LGBTQIAP+ e negras dentro do contexto dos E-sports.

NÁTALY NERI – @NATALYNERI

Nataly é uma mulher negra pansexual, comunicadora e cientista social brasileira. Atualmente ela possui cerca de 675 mil seguidores no Instagram e mais de 800 mil inscritos em seu canal no YouTube. A criadora de conteúdo fala em suas redes sociais sobre sexualidade feminina, negritude, cotidiano, autocuidado, entre outros.

Nas redes, Nataly já disse que passou por um momento de questionamento. Se encontrar dentro da comunidade LGBTQIAP+ foi fundamental, pois sentiu pertencimento, mas também rolou um desconforto.

“Foi difícil entender a minha sexualidade tardiamente. Houve um processo de confusão e de ressignificação de todas as minhas experiências afetivas e sexuais anteriores”

NATALY NERI

Quem escreveu

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Carolina Ferraz

Jornalista graduada na ESPM. Apaixonada por escrever, ler, ouvir música e produzir conteúdo de moda. Experiência em produção de entrevistas, apuração e edição de jornal. Trabalhou na CNN Brasil.

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