“Classe artística precisa se organizar enquanto classe trabalhadora”
A nova presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella, acredita que o campo artístico deve ser organizar no âmbito trabalhista e previdenciário
Sabedoria ancestral dos povos originários nas redes sociais
Como a sabedoria ancestral de autocuidado dos povos originários tomou conta das redes sociais e auxilia no debate sobre sustentabilidade
Mina Cultural orienta mulheres a tecerem futuro nas artes têxteis
Iniciativa promove aulas de empreendedorismo e formação em produção têxtil para mulheres artesãs nos CEUs de São Paulo Por meio da linha e da agulha, a Mina Cultural orienta mulheres da periferia de São Paulo a tecerem futuro. O coletivo está com inscrições abertas e gratuitas para o curso Linha Mestra, cujo objetivo é capacitar 150 mulheres em produção têxtil, com foco na geração de renda, comércio ético e criação de mercados nas comunidades locais. Além das capacitações, o projeto tem planos para exposições públicas dos produtos criados pelas participantes e uma plataforma de vendas online para apoiar o empreendedorismo. O programa será realizado em cinco CEUs de São Paulo: CEU Parque Novo Mundo, CEU Alvarenga, CEU Perus, CEU Sapopemba e CEU Parelheiros (confira agenda do curso abaixo). As aulas incluirão cinco oficinas semanais de artesanato têxtil, com duração de três horas cada uma, e mais quatro oficinas semanais de preparação para o empreendedorismo, comércio ético e solidário, com três horas de duração cada. Os horários serão divulgados no site e redes sociais do projeto. As oficinas são gratuitas e todo material será fornecido pelo projeto. Na programação do curso, destaca-se o módulo “Costurando a Liberdade”, comandado por Vera Santana, especialista de gestão de projetos da USP, que desenvolve há mais de 20 anos projetos culturais de impacto social. “As mulheres serão estimuladas a refletir sobre assuntos de seu interesse e de seu grupo e a criar traduções artísticas de suas histórias em trabalhos autorais, ao mesmo tempo em que desenvolverão diretrizes empreendedoras e de comércio ético, para resultar em mais autonomia de vida e empoderamento”, diz Maysa Lepique, produtora da Mina Cultural. Criado pela Mina Cultural, o projeto Linha Mestra conta com a ajuda do Coletivo Teia de Aranha, responsável pelas oficinas de costura da iniciativa. A empresa está há 20 anos no mercado, criando projetos de bordados livres e inspirados na literatura brasileira. SERVIÇO: CEU Parque Novo Mundo (zona Norte) Av. Ernesto Augusto Lopes, 100 – Parque Vila Maria Tel. (11) 96893-1442. Inscrições na secretaria até 17 de abril Aulas às 2as feiras, das 9h às 12h, de 17 de abril a 03 de julho CEU Alvarenga (zona Sul) Estrada do Alvarenga, 3752 – Balneário São Francisco Tel. 11 – 5672-2500. Inscrições na secretaria até 17 de abril Aulas às 2as feiras, das 15h às 18h, de 17 de abril a 03 de julho CEU Perus (zona Norte) Rua Bernado José de Lorena, S/N – Vila Fanton Tel. (11) 3915-8730. Inscrições na secretaria até 12 de junho CEU Sapopemba (zona Leste) Rua Manuel Quirino De Mattos , S/N – Jardim Sapopemba Tel. (11) 20759100 – Inscrições na secretaria até 07 de agosto CEU Parelheiros (zona Sul) Rua José Pedro de Borba, 20 – Jardim Novo Parelheiros tel. (11) 5926-6900 – Inscrições na secretaria até 07 de agosto Horário das aulas das oficinas que acontecerão nos CEUs Perus, Sapopemba e Parelheiros serão divulgadas no site e nas redes sociais do projeto: www.linhamestra.minacultural.com.br Impacto socioambiental: a moda sustentável de mulheres negras – Emerge Mag Terceira reportagem de Emerge Potências da Moda apresenta marcas de moda sustentável. A Az Marias cria roupas com resíduos têxteis e a Da Lama desenvolve peças artesanais para mulheres de periferias.
Marcas de quebrada recriam camisetas do Brasil
Marcas da quebrada, Mile Lab, Corre e Andrart dão narrativa e estética periférica à camiseta do Brasil
O que é Economia Criativa?
Descubra as atividades econômicas originais e de valor cultural, das artes ao uso de tecnologias digitais, que fazem a economia criativa.
A ascensão de negócios e economia criativa das favelas
Expofavela apresentou a riqueza e a criatividade que brota das periferias. Conheça a startup Maloca Games e a moda da Coração da África. Na 2ª edição da ExpoFavela, a favela desceu para o asfalto. A maior feira da economia criativa das favelas aconteceu de 17 a 19 de março, no WTC Events Center, na Berrini, área de influência do capital financeiro da cidade de São Paulo. O evento reuniu milhares de pessoas de todas as idades e origens em um ambiente que celebrou a cultura periférica e o empreendedorismo das comunidades locais. Com exposições, shows, palestras e conferências, a feira mostrou ao público a riqueza e diversidade das favelas, bem como as necessidades dos moradores dessas comunidades. Celso Athayde, CEO da Favela Holding e um dos organizadores do evento, explicou que a intenção da ExpoFavela é que os favelados mostrem seu trabalho, seus saberes e vivências. A ideia é conectar os empreendedores com pessoas que nunca estiveram em uma favela. Houve mais de 300 expositores, com soluções ligadas à identidade cultural da periferia. Roupas, decoração, culinária e outros negócios de varejo tiveram forte presença. “Favela não é carência, favela é potência” Celso Athayde AFRO GAMES E MODA AFRICANA Dentre tantas ideias e negócios, um dos destaques foi a Coração da África, loja de moda, acessórios e instrumentos musicais de culturas africanas. Um dos diferenciais da marca são peças feitas em Kente, tecido tradicional dos povos Ashanti ou Asante, atual Gana, feito de tiras com cores vibrantes e estampas geométricas. Passeando pelos corredores, deu para encontrar negócios de base tecnológica – startups, como a Maloca Games. A empresa é uma desenvolvedora de jogos temáticos baseados na cultura afrobrasileira e favelada. Em seu portfólio, há o jogo de cartas “Axé: a energia dos orixás”, em que os jogadores precisam fazer uma sequência de cores com suas cartas numa competição multiplayer. #Afrogames LEIA TAMBÉM: Os encontros e o território do Periferia Preta – Emerge Mag MÚSICA, CINEMA E LITERATURA Além de empreendedorismo, a ExpoFavela entregou exposições e espaços repletos de subjetividade e símbolos. Com nome inspirado no clássico de MC João, o show Baile de Favela levou a estética típica dos fluxos de funk. O Favela Cine apresentou filmes produzidos e estrelados por criativos periféricos do audiovisual. Um deles é o documentário “Slam: a Voz do Levante”, em que se retrata as batalhas de poesia e poetry slams cada vez mais comuns nas comunidades. O longa conta as origens dos campeonatos de poesia e a realidade de cada um dentro da modalidade. Imagine uma livraria só com obras de autores de quebrada. Teve também. O estande Favela Literária era composto por livros de de Renata Oliveira Santos, Tatiane Santos, Cidinha da Silva e Beth Cardoso. Um livro em específico na livraria era “Minhas ações e meus pensamentos”, uma coletânea de poesias por Marlon Soares que refletem a juventude da periferia. LEIA TAMBÉM: Baile funk das lésbicas e bissexuais onde homem não entra – Emerge Mag De acordo com Renata Tavares Furtado, coordenadora do Museu das Favelas, presente no evento, o museu tem como premissa preservar e guardar as memórias e vivências das pessoas que viveram e vivem nas favelas e conscientizar a população sobre as necessidades e desafios nas comunidades. Além disso, a instituição mantém contato com as favelas sobre iniciativas e tendências que surgem nas favelas, assim incentivando o protagonismo dos moradores nas periferias e dando visibilidade ao trabalho de reparação social. Nesse sentido, a feira de negócios foi um convite à reflexão. Um encontro para evidenciar a beleza, o potencial e as tecnologias das favelas, capazes de amenizar as desigualdades socioespaciais. Inclusive, um dos motivos por trás do fracasso de políticas e iniciativas com foco em favelas é justamente não incluir os saberes e as prioridades dos próprios moradores – não compartilhar o poder de decisão com quem de fato é o mais interessado. E fica a dica: conexão e diversidade podem ser a chave para transformações reais. Foto de Abertura Witri. Da ponte pra cá: a ressignificação do nome “favela” Origem do termo favela remonta às desigualdades sociais, culturais, raciais e econômicas do Brasil. Mas favela também é riqueza, criatividade e impacto positivo.
Da ponte pra cá: a ressignificação do nome “favela”
Origem do termo favela remonta às desigualdades sociais, culturais, raciais e econômicas do Brasil. Mas favela também é riqueza, criatividade e impacto positivo.
Curso gratuito de moda para criadores periféricos está com inscrições abertas
Formação para estilistas e criadores periféricos da Fábrica de Cultura em Jardim São Luís, em São Paulo, recebe inscrições até amanhã (1/3). Curso tem duração de dois anos.
Desmistificando o Veganismo: acessível e sustentável para todos
Apesar de imagem elitista, influenciadores e ativistas mostram que o veganismo pode ser uma escolha sustentável para as periferias
Ancestralidade guia empreendedoras na economia criativa de Salvador
As paulistanas Diva Green e Lu Big Queen e Monique Evelle, que retornou à cidade, contam como é viver a economia criativa de Salvador.