Blocos e rodas de samba que são manifestações do corpo e da fé
Blocos Ilu Inã e Ilú Oba de Min e as rodas de samba Pagode da 27, Samba da Vela e Samba da Laje são destaques da exposição “Intersecções”
Luedji Luna e a sensualidade e o desejo das mulheres negras
Cantora lança versão deluxe do álbum “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’Água” dando ênfase à sensualidade e desejo das mulheres negras
Não existe música LGBT – e sim artistas que fazem música
Do rap, funk e trap das Irmãs de Pau às guitarras e bateria das Clandestinas, o que vale é cantar os próprios desejos, conquistas e inquietações.
Festival Encontro das Tribos: união do rap, reggae e rock
Com shows de Criolo, Planet Hemp, Racionais MCs, Djonga, Cypress Hill e SOJA, entre outros, 20ª edição do festival acontece sábado (1/10) em São Paulo.
O que é Muximba? Palavra africana se popularizou com Luedji Luna
Palavra Muximba tem origem banto, que compõe parte do nosso Pretuguês, e enriquece a linguagem e a cultura brasileira.
Pagode baiano: “Swingueira” também é coisa de mulher
Dos bastidores à frente da swingueira, mulheres contam como têm sido atuar no pagode baiano, um gênero predominantemente masculino.
“Pessoas São Falhas”: Meg Pedrozzo estreia EP com amor lésbico
Mulher lésbica e periférica, Meg Pedrozzo retrata relação LTBQIA+ em novo clipe de “Pessoas São Falhas”, música que leva o nome do seu álbum de estreia.
Festival Itinerância Rebel reúne bandas independentes cariocas
Gratuito, festival Itinerância Rebel durará 9 dias e terá 12 shows de artistas como Juçara Marçal, Negro Leo e Ilessi, além de oficinas e rodas de conversas.
Juçara Marçal sai em turnê com aclamado “Delta Estácio Blues”
Com 30 anos de carreira, Juçara Marçal sai em turnê pelo Brasil para apresentar seu segundo álbum solo e lança clipe da música “Sem Cais”.
Brisa Flow traz amor entre pessoas originárias para as telas
“Making Love”, lançamento de Brisa Flow, tem como tema principal o afeto entre origináries que, infelizmente, não está presente no audiovisual Desde o lançamento de seu álbum de estreia, “Newen”, em 2016, Brisa de la Cordillera, também conhecida como a artista mapurbe Brisa Flow, constrói sons e imagens a partir da vivência de seu corpo no mundo, criando caminhos que desprendem das amarras da colonialidade. Criada em Minas Gerais, Brisa é pesquisadora, defensora da música indígena e ativista dos direitos dos povos originários. Em suas canções, ela pauta discussões políticas como a luta pelo território, demarcação de terras, moradia, mulheres indígenas e periféricas, maternidade, mercado de trabalho e corpos marginalizados, como a comunidade LGBTQIAP+. No último dia 13, a cantora lançou “Making Luv”, single que precede seu terceiro álbum, “Janequeo“, que estará disponível ao público em junho de 2022. Em um período em que pessoas indígenas aparecem constantemente na imprensa apenas em situações de violência, Brisa traz como tema o afeto entre pessoas originárias. A artista conta que a canção surgiu quando o beatmaker e MC Tidus, natural de Las Vegas, a encontrou na internet e falou que queria produzir uma música com ela. Assim que Brisa recebeu o instrumental, já ficou “empolgada” e sentiu que queria fazer uma música e gravar um clipe com origináries protagonizando afeto já que, infelizmente, isso não está presente no audiovisual. Ela complementa: “Esse é um reflexo do colonialismo que não nos quer felizes. Ainda vivemos em Abya Yala, com o genocídio dos povos originários, que nos mata para garimpar e vender terras e destrói culturas, línguas e conhecimentos nativos. Diante dessa violência, a prática do afeto entre pessoas indígenas torna-se um ato político. Making Luv’ é sobre amor em seus mais íntimos significados, de companheirismo a coragem” Em parceria com o coletivo Mi Mawai, o audiovisual foi gravado na Mata Atlântica e ilustra o entrelaçar dos corpos pelas tranças e o movimentar dos mesmos com a Terra e as águas, como práticas de amor não coloniais. A construção da obra aconteceu de forma horizontal e coletiva e a harmonia da vivência se reflete no resultado. Brisa conta: “Eu já tinha trabalhado antes com o Mi Mawai, o coletivo é aliado dos artistas originários. Eu fiz a trilha sonora de um documentário que eles realizaram sobre o direito autoral na música indígena”. O clipe também tem a participação do artista audiovisual e beatmaker Ian Wapichana. Uma curiosidade interessante é que, apesar de “Making Luv” ser uma música sobre amor, o relacionamento entre Brisa e Ian só começou após a gravação do som. “O que muita gente não sabe é que eu e o Ian não éramos namorados nessa época. Nós nos conhecíamos como companheiros de trabalho no MECAInhotim, mas começamos a nos relacionar depois desse videoclipe”, afirma a artista. Assista ao clipe de “Making Luv” Leve como o vento Brisa de la Cordillera recebeu esse nome de seus pais, artesãos caminantes. A cantora, licenciada em Música pela Fiam Faam, pesquisa e defende a arte dos povos originários e o rap como ferramentas necessárias para combater o epistemicídio, que é o processo de invisibilização e ocultação das contribuições culturais e sociais não assimiladas pelo “saber” ocidental. Newen, seu álbum de estreia, foi lançado em 2016 e significa “força”, em Mapuzgundun (língua nativa do povo Mapuche). A obra musical esteve entre os 20 melhores discos do ano selecionados pelo jornal Estadão. Em 2017, ela foi a artista aposta da Folha de São Paulo e recebeu o prêmio “Olga Mulheres Inspiradoras”. Seu segundo disco, Selvagem Como o Vento, foi lançado em 2018 no Instituto Tomie Ohtake e destacou-se em listas de 50 melhores discos da música brasileira nos sites da Red Bull, Genius e outros canais de música. Em 2020, lançou de forma experimental o EP Free Abya Yala, um trabalho de improvisação jazzrap. O título significa “América Livre” ou “Terra Fértil Livre”, sendo Abya Yala (no idioma do povo Kuna) o nome que vem sendo utilizado por artistas indígenas para referir-se ao continente americano. As músicas foram produzidas em colaboração com um quarteto de jazz e inspiradas nas pesquisas de Brisa Flow sobre freestyle e música originária. O EP foi premiado e recebeu elogios pela crítica musical como um trabalho anti colonial experimental. FOTOGRAFIA: Jon Thomaz Reportagem produzida em parceria com a assessoria de comunicação ALETS COMUNICAÇÃO.