Festival PCD tem programação inclusiva e novo projeto de empregabilidade

14/03/2025

O Festival PCD chega a São Paulo com oficinas artísticas, cinema, palestras, música e oportunidades de emprego para pessoas com deficiência.

Entre os dias 24 e 28 de março, acontece em São Paulo o Festival PCD – Pinta, Canta e Dança, com proposta de conexão entre cultura, acessibilidade e mercado de trabalho. Por meio de oficinas artísticas, mostras de cinema, palestras e apresentações musicais, o evento coloca a arte no centro da vivência de pessoas com deficiência.

Com programação gratuita, o Festival PCD será realizado no Museu da Inclusão, na zona oeste da capital Paulista.

De acordo com Léo Alves e Luísa Costa, idealizadores do festival, a proposta é ser um espaço de aprendizado, troca e valorização da arte feita para pessoas com deficiência.

“Queremos criar um espaço onde a diversidade é protagonista, onde cada pessoa se sinta valorizada e estimulada a se expressar”, afirmam.

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A programação do festival foi pensada para atender diferentes tipos de deficiência. A oficina Mural do Silêncio: Cores que Falam, pessoas com deficiência auditiva exploram a arte urbana. Já a oficina Corpo em Movimento trabalha a relação entre corpo e mente com foco nos participantes com deficiência física e idosos.

Por sua vez, Som e Sensação proporciona uma imersão sensorial guiada por sons e texturas para pessoas com deficiência visual. O festival encerra com uma apresentação final das oficinas, mostrando as criações dos participantes e celebrando suas conquistas.

Criado no Espírito Santo, o festival ganha fôlego em sua primeira passagem pela capital paulista. A maior novidade desta edição será o lançamento do Banco de Talentos PCD. A iniciativa visa conectar profissionais PCDs com empresas parceiras do festival e ampliar a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. As inscrições para o banco vão até 12 de abril e podem ser feitas pelo formulário do festival.

FESTIVAL PCD: aprendizado e valorização da arte feita por pessoas com deficiência.

MOSTRA AUDIOVISUAL

O festival reúne quatro curtas metragens brasileiros com o objetivo de ampliar o acesso e incentivar o consumo de produtos audiovisuais que representem diferentes vivências e perspectivas para PCDs. Além das sessões presenciais, os filmes podem ser vistos no site do evento até 12 de abril.

No documentário de animação A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides, de Jonatas Rubert, é abordado questões relacionadas à síndrome de Down. O filme foi foi ganhador de três prêmios no festival de Gramado de 2022.

O experimental La Hemi se destaca como um mergulho sensorial e performático no universo de um corpo hemiparético — aquele de uma pessoa que sofreu um Acidente Vascular Cerebral ou Acidente Vascular Encefálico. A obra convida o espectador a desafiar a percepção sobre a normalidade das ações cotidianas, explorando, com humor e sensualidade, a potência disruptiva do corpo com Deficiência.

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Também estão participam da mostra os filme de ficção Zagêro (2024) e o documentário A Pessoa é Para o que Nasce (1998), que mostra a vida de três irmãs cegas que cantam em troca de pequenas doações em Campina Grande, na Paraíba.

Fotos: Melina Furlan

SERVIÇO

FESTIVAL PCD – PINTA, CANTA E DANÇA
24 a 28 de março.
Museu da Inclusão. Avenida Mário de Andrade, 564, Portão 10, Barra Funda, São Paulo (SP).
Mostra Audiovisual Online: 12 de março a 12 de abril.
Mais informações no site.

Quem escreveu

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Guilherme Schanner

Graduado em jornalismo pela Universidade Mackenzie, gosta de escrever e falar sobre cultura e sustentabilidade. Apaixonado pela natureza, é líder escoteiro desde a infância. Com experiência em produção e edição de conteúdo digital, trabalhou no Fala! Universidades.

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