Com o mote Fortaleça a Emerge, o financiamento coletivo da Emerge no Catarse recebeu 36 apoios e levantou R$ 2.360 em dois meses. A campanha relâmpago foi uma ação pontual de captação de recursos com foco nos nossos leitores, ou seja, você que lê nossas reportagens no site, acompanha o conteúdo no Instagram e recebe newsletters semanais por e-mail. Embora possa parecer pouco, a quantia representa um ganho essencial para a Emerge, pois o valor será usado para pagar despesas contábeis e administrativas nos primeiros meses de 2022.

O projeto teve sete opções de valores – e recompensas – para contemplar todas as faixas de renda do nosso público. O prêmio mais escolhido pelos apoiadores foi um livro de uma autora negra, com curadoria de títulos feita pelo Projeto Carolinas, que distribui livros de autoras negras na periferia de São Paulo e incentiva mulheres a ler (e escrever) suas próprias histórias. O Carolinas é uma criação de Talitha de Jesus, que foi repórter da Emerge de 2018 a 2021 e se mantém como parceira até hoje (ela é mara!).

Na segunda colocação de recompensas mais pedidas está o zine autoral e colecionável “O Futuro é Interseccional”, produzido pela própria equipe de jornalistas da Emerge. As recompensas estão sendo entregues. A expectativa é que todes recebam tudo até o final de março.

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JORNALISMO INDEPENDENTE PRECISA SER REMUNERADO

Como foi dito ao longo da campanha, é bem difícil ser uma organização independente de mídia no Brasil das fake news, junto com as ameaças à democracia e desigualdade social crescente. A Emerge não usa a lógica “só se informa quem pode pagar”, conteúdo é 100% gratuito. Nosso site também não possui anúncios invasivos. Tudo isso são escolhas para oferecer uma boa experiência de leitura para os visitantes, novamente, você.

A Emerge Mag pegou para si uma missão ambiciosa: fazer jornalismo de arte e cultura interseccional. O objetivo é mexer com a com a lógica colonial que existe dentro da mídia, aquela que exotifica e reforça aspectos negativos de corpes dissidentes e que acontece pelo fato de o jornalista não pertencer aos espaços dos quais fala. Na Emerge é a periferia, as mulheres, es negres e es LGBTQIA+ que contam suas narrativas; nós somos os protagonistas na produção de conhecimento e pensamento crítico.

Acontece que para manter a sustentabilidade da organização, é necessário ter recursos para remunerar a equipe, pagar custos e despesas e realizar novos investimentos. Por isso que a colaboração, em dinheiro, por parte dos leitores é tão importante. É como disse a escritora Audre Lorde:

“Se não olho, se silencio, sou conivente; meu silêncio é uma forma de conivência às opressões – e o silêncio não nos salvará”

Nos próximos meses, lançaremos uma campanha de financiamento coletivo recorrente, baseada num clube de membros com benefícios e conteúdos exclusivos.

QUEM APOIOU

Veja, abaixo, alguns nomes de apoiadores do financiamento coletivo da Emerge. Antes, nossos sinceros agradecimentos para quem apoiou; vocês moram no nosso ❤️.