Chegando em São Paulo, o Festival PCD – Pinta, Canta e Dança traz uma proposta expandida, fortalecendo a conexão entre cultura, acessibilidade e mercado de trabalho. Entre os dias 24 e 28 de março, o Museu da Inclusão será palco de uma programação gratuita que coloca a arte no centro da vivência de pessoas com deficiência, contendo oficinas artísticas, mostras de cinema, palestras e apresentações musicais.
“A proposta do festival é ser um espaço de aprendizado, troca e valorização da arte feita para pessoas com deficiência. Queremos criar um espaço onde a diversidade é protagonista, onde cada pessoa se sinta valorizada e estimulada a se expressar”, afirmam os idealizadores Léo Alves e Luísa Costa, do Movimento Cidade.
Criado no Espírito Santo, o festival ganha fôlego em sua primeira passagem pela capital paulista, apostando na interação entre diferentes linguagens para fomentar expressão, aprendizado e troca de experiências. A maior novidade da segunda edição do festival será o lançamento do Banco de Talentos PCD, que procura conectar profissionais PCDs com empresas parceiras do festival e ampliar a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. As inscrições para o banco vão até 12 de abril e podem ser feitas pelo formulário do festival.
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Arte acessível para todos
A programação do festival foi pensada para atender diferentes tipos de deficiência, incluindo as oficinas, mostras de cinema, shows e palestras. Das oficinas, na “Mural do Silêncio: Cores que Falam”, pessoas com deficiência auditiva exploram a arte urbana como meio de expressão. Outra, a oficina “Corpo em Movimento” trabalha a relação entre corpo e mente para participantes com deficiência física e idosos. Já “Som e Sensação” proporciona uma imersão sensorial guiada por sons e texturas para pessoas com deficiência visual.
O festival encerra com uma apresentação final das oficinas, mostrando as criações dos participantes e celebrando suas conquistas. A cantora e compositora Ilus assume o palco com seu repertório de rock e ritmos brasileiros, enquanto a mostra de cinema traz curtas que exploram narrativas diversas.
As produções que serão mostradas, A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides (2021), La Hemi (2024) e Big Bang (2024), trazem reflexões sobre diversidade e inclusão. Em A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides, por Jonatas Rubert, o curta-metragem aborda questões relacionadas à síndrome de Down e foi ganhador de três prêmios no festival de Gramado 2022.
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La Hemi se destaca como um mergulho sensorial e performático no universo de um corpo hemiparético. A obra convida o espectador a desafiar sua percepção sobre a normalidade das ações cotidianas, explorando, com humor e sensualidade, a potência disruptiva do corpo DEF (Pessoa com Deficiência). Outras produções que vão se apresentar são Zagêro (2024) e A Pessoa é Para o que Nasce (1998).
Além das atividades presenciais, os curtas-metragens estarão disponíveis na Mostra Audiovisual online, com exibições entre 12 de março e 12 de abril, com a intenção de ampliar ainda mais o alcance e a democratização do Festival PCD.
Fotos: Melina Furlan
SERVIÇO | FESTIVAL PCD – PINTA, CANTA E DANÇA
Data: 24 a 28 de março de 2025
Local: Museu da Inclusão, São Paulo, SP
Mostra Audiovisual Online: 12 de março a 12 de abril
Site: https://www.festivalpcd.com/